
Do século XVII, por
exemplo, é possível apreciar trabalhos raríssimos de artistas como Albert Eckhout
e Frans Post. A escultura “Santo bispo”, em madeira dourada e policromada, do
mestre Aleijadinho, é o item da coleção que representa o século XVIII. Das
obras da coleção, datadas do século XIX, estão em exposição trabalhos, entre
outros, de Debret, Rugendas, Pedro Américo, Victor Meirelles, Benedito Calixto,
Eliseu Visconti e Raimundo Cela (o qual não deveria estar inserido no século
XIX, quando sua principal produção se dá no século XX). Uma vez que o trabalho
de Raimundo Cela tem atraído para si novos olhares e novas compreensões,
destacamos as obras desse artista presentes na Coleção Airton Queiroz. São
elas: “Moça bordando (Retrato de Áurea Cela), de 1932; “Jangadeiro com leme”
(1942) e “Estivadores” (1947). E embora o catálogo da exposição não traga; sabemos
pelo livro Coleção Airton Queiroz
(2016), que a referida coleção contém ainda as obras “Feira
em Saint – Agreve, França” (1921), “Praia em Camocim, Ceará” (1937), “Jangadeiros
empurrando jangada para o mar” (1940) e “Estudo para Abolição da escravatura no
Ceará”, de 1937.
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Paisagem de neve (1957), de Antonio Bandeira. |
A exposição traz ainda
obras de vários artistas estrangeiros, entre europeus (Monet, Matisse, Chagall,
Moore, Miró, Max Ernst, Rubens, Renoir e Dalí etc) e latino-americanos (Quin,
Diego Rivera, Botero, Torres-Garcia, León Ferraria e Omar Rayo). O destaque da presença
estrangeira na exposição, a nosso ver, recai sobre Chagall, Diego Rivera e
Fernando Botero; pela quantidade e qualidade das peças expostas.
Sobre a arte moderna brasileira, a exposição
contém peças “catalogadas” sob a temática “Abstração”, sob a qual estão
albergados os artistas ligados aos grupos Atelier Abstração, Grupo Ruptura e
Concretismo, Grupo Frente e Neoconcretismo, Abstração Informal, Arte Cinética e
Artistas geométricos não vinculados a grupos; somando ao todo vinte e cinco
artistas. Entre tantas obras, chamamos a atenção para os trabalhos de Samson
Flexor, Lygia Clark, Amilcar de Castro, Lygia Pape, Antonio Bandeira, Sérvulo Esmeraldo,
Tomie Ohtake e Manabu Mabe. No que concerne à arte contemporânea produzida no
Brasil, a exposição conta com trabalho de artistas como Tunga, Jorge Guinle,
Leda Catunda, Vik Muniz, Beatriz Milhazes, Adriana Varejão e Leonilson.
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Prometheus II ou Brûlant de ce qu'il brûle (1948), de Maria Martins |
Então, tá dito. Aproveitemos a oportunidade!
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Serviço: em cartaz até o dia 19/02/2017
Local: Espaço Cultural UNIFOR
Campus da Universidade de Fortaleza / UNIFOR
Fortaleza/ Ceará
http://www.unifor.br
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